O capeta e seu encaminhado
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Sobre os pais
Sobre os pais
Com o erro deles ainda vivo, (infelizmente)
Minha realidade.
Mas, aprendi uma coisa
Se um dia eu tiver filhos (Deus queira que sim!)
Não vou passar meus erros para eles.
Pois já aprendi a não errar ,
Com meus pais e meus avós.
02/12/2011
Com o erro deles ainda vivo, (infelizmente)
Minha realidade.
Mas, aprendi uma coisa
Se um dia eu tiver filhos (Deus queira que sim!)
Não vou passar meus erros para eles.
Pois já aprendi a não errar ,
Com meus pais e meus avós.
02/12/2011
Sobre São Caetano do Sul e sua população
Sobre São Caetano do Sul e sua população
Eu vejo um monte de jovens,
Robotizados, pela própria tecnologia
Onde tudo o que eles falam é nada
E tudo o que fazem é nada
Que estudam onde os país acham que é a melhor escola pública
Onde nas escolas tem um suicídio noticiado
Mas onde milhões de jovens são mortos
Mecanizados, manipulados
Que ao saírem daí
E irem para uma faculdade
Com nome de pública, mas paga
E de não boa qualidade também
Onde tudo que eles podem ouvir
É sobre o mercado de trabalho
E onde tem praças e mais praças enfeitadas
E agora que é natal então!
Onde um shopping demora 6 meses para ser construído
E um hospital 6 anos
Onde o partido politico é o mesmo
A mais de 20 anos
Onde com a passagem do ônibus,
você come dois salgados,
toma dois sucos
e ainda sobra para comprar bala
Onde as madames passeiam com os seus cachorros
Sozinhas com eles, sem eles no mundo
E elas recolhem lentamente o coco de seus imundinhos instintivos
Como se fosse a coisa mais bela do mundo
Onde não temos tratamento de lixo
Onde não temos tratamento de água
E o rio já canalizado
Está escondido e morto
Onde temos umas das maiores arrecadações do mundo
E consequentemente a maior corrupção
Onde não temos espaço
E a cidade cresce para cima
Entupindo de merda cada vez mais, os que moram embaixos
Nos afogando e nos obrigando a ir para outro lugar
Onde temos bairros esquecidos
Onde podemos ver espécies em não extinção
Onde os cargos públicos são ganhos, como presentes
E os que assim trabalham não sabe nem quem são eles
Onde se entra no hospital vivo
E se sai morto
Onde as mulheres se escondem
E os homens bebem
Onde tudo é colorido
E eu vejo tão sujo
Onde as pessoas se sentem seguras
E é onde eu mais me assombro
Onde 4 pessoas querem mudar essa realidade
E todo resto está completamente estático
Onde ninguém entende o que eu falo e escrevo
Onde eu não quero viver.
02/12/2011
Eu vejo um monte de jovens,
Robotizados, pela própria tecnologia
Onde tudo o que eles falam é nada
E tudo o que fazem é nada
Que estudam onde os país acham que é a melhor escola pública
Onde nas escolas tem um suicídio noticiado
Mas onde milhões de jovens são mortos
Mecanizados, manipulados
Que ao saírem daí
E irem para uma faculdade
Com nome de pública, mas paga
E de não boa qualidade também
Onde tudo que eles podem ouvir
É sobre o mercado de trabalho
E onde tem praças e mais praças enfeitadas
E agora que é natal então!
Onde um shopping demora 6 meses para ser construído
E um hospital 6 anos
Onde o partido politico é o mesmo
A mais de 20 anos
Onde com a passagem do ônibus,
você come dois salgados,
toma dois sucos
e ainda sobra para comprar bala
Onde as madames passeiam com os seus cachorros
Sozinhas com eles, sem eles no mundo
E elas recolhem lentamente o coco de seus imundinhos instintivos
Como se fosse a coisa mais bela do mundo
Onde não temos tratamento de lixo
Onde não temos tratamento de água
E o rio já canalizado
Está escondido e morto
Onde temos umas das maiores arrecadações do mundo
E consequentemente a maior corrupção
Onde não temos espaço
E a cidade cresce para cima
Entupindo de merda cada vez mais, os que moram embaixos
Nos afogando e nos obrigando a ir para outro lugar
Onde temos bairros esquecidos
Onde podemos ver espécies em não extinção
Onde os cargos públicos são ganhos, como presentes
E os que assim trabalham não sabe nem quem são eles
Onde se entra no hospital vivo
E se sai morto
Onde as mulheres se escondem
E os homens bebem
Onde tudo é colorido
E eu vejo tão sujo
Onde as pessoas se sentem seguras
E é onde eu mais me assombro
Onde 4 pessoas querem mudar essa realidade
E todo resto está completamente estático
Onde ninguém entende o que eu falo e escrevo
Onde eu não quero viver.
02/12/2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Perfeição
Perfeição
Fui sozinho,
Voltei só.
Rafael Churai Feijes 16/11/2011
(Sarau homenagem ao Roberto Piva)
Fui sozinho,
Voltei só.
Rafael Churai Feijes 16/11/2011
(Sarau homenagem ao Roberto Piva)
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Sobre o amor na adolescência e pulsões de um amor que não é mais viável
Sobre o amor na adolescência e pulsões de um amor que não é mais viável
E você só deseja saber se há algo que te acalme outra vez,
Ou te mate de vez,
Desde que todos os erros foram cometidos,
Seus e dela
E as promessas de amor foram quebradas,
Junto com seus sonhos,tão pequenos
Um amor, um outro alguém, uma vida.
Tudo destruído pela incapacidade de perdoar,
Incapacidade de não errar mais, de ambos
Pulsões guardadas,
Pesadelos,
Vontades,
Destruição,
Que só passará,
Quando sua alma se acalmar.
Rafael Churai Feijes 26/10/2011
No momento calmo e espero que dure pelo resto da minha vida...
E você só deseja saber se há algo que te acalme outra vez,
Ou te mate de vez,
Desde que todos os erros foram cometidos,
Seus e dela
E as promessas de amor foram quebradas,
Junto com seus sonhos,tão pequenos
Um amor, um outro alguém, uma vida.
Tudo destruído pela incapacidade de perdoar,
Incapacidade de não errar mais, de ambos
Pulsões guardadas,
Pesadelos,
Vontades,
Destruição,
Que só passará,
Quando sua alma se acalmar.
Rafael Churai Feijes 26/10/2011
No momento calmo e espero que dure pelo resto da minha vida...
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Alberto Veiga- Churai
É muito bom, receber um carinho assim de um amigo! Ainda mais que ele não escreve.
Churai
CHURAI, DOS CÉUS A TERRA
O MENINO QUE NOS ENTERRA
QUE SEMPRE FLORESCE
GRATIDÃO E EMOÇÃO
E NOS DA UMA QUESTÃO.
CHURAI FICA OU CHURAI VAI?
Alberto Veiga 23/10/2011
ahushahsuhuhshauhsuahushuahus
Adorei!!!
Churai
CHURAI, DOS CÉUS A TERRA
O MENINO QUE NOS ENTERRA
QUE SEMPRE FLORESCE
GRATIDÃO E EMOÇÃO
E NOS DA UMA QUESTÃO.
CHURAI FICA OU CHURAI VAI?
Alberto Veiga 23/10/2011
ahushahsuhuhshauhsuahushuahus
Adorei!!!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Tanto
Tanto
Cansado de tanta violência, gratuita
Tanta desgraça, desnecessária
Tanto pudor, tantos excessos
Tanto, tanto
Tanto tudo.
Tanto querer e não ser suficiente
Tantos acertos e mais erros
Tanta falta de amor
Tanto o querer e não fazer
Tanto poder e não fazer
Tanto querer e não poder
Tantos carros,
Tanta falta de transporte,
Tanto ar,
Tanta água, não potável
Tanto lixo,
Tantas coisas
Tantas idiotices
Cansado,só!
Rafael Churai Feijes
17/10/2011
Cansado de tanta violência, gratuita
Tanta desgraça, desnecessária
Tanto pudor, tantos excessos
Tanto, tanto
Tanto tudo.
Tanto querer e não ser suficiente
Tantos acertos e mais erros
Tanta falta de amor
Tanto o querer e não fazer
Tanto poder e não fazer
Tanto querer e não poder
Tantos carros,
Tanta falta de transporte,
Tanto ar,
Tanta água, não potável
Tanto lixo,
Tantas coisas
Tantas idiotices
Cansado,só!
Rafael Churai Feijes
17/10/2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Sobre as escolhas e as consequências
Sobre as escolhas e as consequências
Decisões, decisões
Se pararmos para pensar tudo são escolhas
Você pode escolher viver, ou morrer
Se prevenir, ou adoecer
Falar, ou calar
Agir, ou recuar
Dinamismo hereditário,
Herdado! Herdeiros, Karma dos seres humanos
Ação,
Reação
Faça sua escolha,
Faça sua vida.
E foda-se!
15/1/2011
Decisões, decisões
Se pararmos para pensar tudo são escolhas
Você pode escolher viver, ou morrer
Se prevenir, ou adoecer
Falar, ou calar
Agir, ou recuar
Dinamismo hereditário,
Herdado! Herdeiros, Karma dos seres humanos
Ação,
Reação
Faça sua escolha,
Faça sua vida.
E foda-se!
15/1/2011
Sobre anjos e demônios
Sobre anjos e demônios
Não existem anjos
Ao menos de carne e osso
O que existe são pessoas,
Que sofreram um pouco a mais,
Do que as outras
E acabam de algum modo,
Canalizando toda essa maldade,
Cometida com elas,
Para fazer o bem,
Ou destruir a si próprios.
A melhor arte do demonio
É que as pessoas não acreditam nele
E assim ele pode fazer qualquer coisa
Destruir mesmo os anjos
Com toda sua força malevola
Sem que nós percebemos
O que eu acabo achando uma grande mentira
Anjos são anjos
E demonios são demonios
Os dois juntos não coexistem
Nunca!
Rafael Churai Feijes
15/10/2011
Não existem anjos
Ao menos de carne e osso
O que existe são pessoas,
Que sofreram um pouco a mais,
Do que as outras
E acabam de algum modo,
Canalizando toda essa maldade,
Cometida com elas,
Para fazer o bem,
Ou destruir a si próprios.
A melhor arte do demonio
É que as pessoas não acreditam nele
E assim ele pode fazer qualquer coisa
Destruir mesmo os anjos
Com toda sua força malevola
Sem que nós percebemos
O que eu acabo achando uma grande mentira
Anjos são anjos
E demonios são demonios
Os dois juntos não coexistem
Nunca!
Rafael Churai Feijes
15/10/2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Sobre os banheiros e o que se acontece nele
Sobre os banheiros e o que se acontece nele
Frio e húmido
Quente e húmido após um bom banho
Janelas estreitas,
Querendo esconder,
O que quer ser visto,
O que é desejado,
Ou já não é mais.
Uma privada, geralmente branca
Um lavatório.
Um espelho com muitas memórias.
Pode se ter um casal,
Apaixonado, fazendo amor
E estar ardendo em chamas.
Pode se ter um velho, que caiu
Quebrou um osso e por estar sozinho,
Pode morrer.
Pode ser sujo,
Ou limpo,
Ter baratas,
Ratos,
Estar transbordante,
Vomitado,
Empoeirado,
Ou limpo,
Cheiroso
Isso tudo não importa!
O que importa é saciar uma boa mijada!
04/10/2011
Rafael Churai Feijes
Frio e húmido
Quente e húmido após um bom banho
Janelas estreitas,
Querendo esconder,
O que quer ser visto,
O que é desejado,
Ou já não é mais.
Uma privada, geralmente branca
Um lavatório.
Um espelho com muitas memórias.
Pode se ter um casal,
Apaixonado, fazendo amor
E estar ardendo em chamas.
Pode se ter um velho, que caiu
Quebrou um osso e por estar sozinho,
Pode morrer.
Pode ser sujo,
Ou limpo,
Ter baratas,
Ratos,
Estar transbordante,
Vomitado,
Empoeirado,
Ou limpo,
Cheiroso
Isso tudo não importa!
O que importa é saciar uma boa mijada!
04/10/2011
Rafael Churai Feijes
Sobre a doença e as segundas de noite
Sobre a doença e as segundas de noite
Hoje a noite está tão, amênua
Tão encantadora e acolhedora
Poucas pessoas, nada demais acontecendo
Apenas alguns poucos pensamentos
Fazem o barulho da noite
Mas a encantam muito mais
Com alguns versos dançantes.
A rua é tão mais atraente
Que ficar em casa uns poucos dias
Me trás tudo isso
Só o vento batendo
Já é pura felicidade
E o caminhar lento,
Observador
A sua sombra, que te acompanha
Os carros passando
Os carros parados
Poucas conversas
Poucos sorrisos
Tanto espaço
Tantas pessoas escondidas
Esquecidas e mortas
Tantas coisas
Para uma simples segunda a noite
(Estou me sentindo maravilhosamente bem e não é por menos!)
Rafael Churai Feijes 03/10/2011
Hoje a noite está tão, amênua
Tão encantadora e acolhedora
Poucas pessoas, nada demais acontecendo
Apenas alguns poucos pensamentos
Fazem o barulho da noite
Mas a encantam muito mais
Com alguns versos dançantes.
A rua é tão mais atraente
Que ficar em casa uns poucos dias
Me trás tudo isso
Só o vento batendo
Já é pura felicidade
E o caminhar lento,
Observador
A sua sombra, que te acompanha
Os carros passando
Os carros parados
Poucas conversas
Poucos sorrisos
Tanto espaço
Tantas pessoas escondidas
Esquecidas e mortas
Tantas coisas
Para uma simples segunda a noite
(Estou me sentindo maravilhosamente bem e não é por menos!)
Rafael Churai Feijes 03/10/2011
Sobre a poesia e os mortos
Sobre a poesia e os mortos
Acredito que a poesia,
Pode ser algo divino,
Ou apenas um amontoado
De ideias caóticas,
Que Deus sabe como,
Vão para o seu consciente.
Estou começando a acreditar,
Realmente nessa história.
Pois, se a poesia não for escrita.
Há esquecemos e ponto.
Talvez a poesia não deveria nem ser escrita
E sim, vivida!
Porque ela existe em um momento
E não sei se algo é tão bom assim
Para ser eternizado.
Mas ela pode ser também, e é
Uma confusão, sem sentido
Ou com sentido, sei lá...(?)
De seu ator.
Os clássicos fazem mais sentido
Com todo aquele lixo,
Rimado e metódico.
Versos livres vêm do caos,
Do caos de seus autores,
Do caos de suas vidas,
Do caos de suas mentes
Mal resolvidas.
Mas se não vivessemos isso,
Jamais escreveríamos .
Mas ainda não há nada como
Gritar uma poesia
Em cima de um muro,
Do alto de um prédio,
De uma ponte
Porque por mais que ela possa ser ruim
Ela terá vida própria,
Uma boa vida própria.
Que pode talvez aquecer, esfriar
Fazer chorar, os ali presentes (quando se tem presentes)
E essas sim, vão tocar os ouvintes,
A mensagem!
Que pode ser apenas uma mera brincadeira do narrador.
(Risadas)
Rafael Churai Feijes 03/10/2011
Viva Jorge Mautner!
Acredito que a poesia,
Pode ser algo divino,
Ou apenas um amontoado
De ideias caóticas,
Que Deus sabe como,
Vão para o seu consciente.
Estou começando a acreditar,
Realmente nessa história.
Pois, se a poesia não for escrita.
Há esquecemos e ponto.
Talvez a poesia não deveria nem ser escrita
E sim, vivida!
Porque ela existe em um momento
E não sei se algo é tão bom assim
Para ser eternizado.
Mas ela pode ser também, e é
Uma confusão, sem sentido
Ou com sentido, sei lá...(?)
De seu ator.
Os clássicos fazem mais sentido
Com todo aquele lixo,
Rimado e metódico.
Versos livres vêm do caos,
Do caos de seus autores,
Do caos de suas vidas,
Do caos de suas mentes
Mal resolvidas.
Mas se não vivessemos isso,
Jamais escreveríamos .
Mas ainda não há nada como
Gritar uma poesia
Em cima de um muro,
Do alto de um prédio,
De uma ponte
Porque por mais que ela possa ser ruim
Ela terá vida própria,
Uma boa vida própria.
Que pode talvez aquecer, esfriar
Fazer chorar, os ali presentes (quando se tem presentes)
E essas sim, vão tocar os ouvintes,
A mensagem!
Que pode ser apenas uma mera brincadeira do narrador.
(Risadas)
Rafael Churai Feijes 03/10/2011
Viva Jorge Mautner!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Terça-feira
Terça-feira
Eu estou sofrendo,
Sofrendo de saudade, saudade
Por mais estranho que isso pareça
É a mais pura realidade.
Eu acho, que sou uma criança
Mal amada, desesperada
Carente, sem motivo (?)
Eu, que já vivi grandes amores (mentira!)
Nunca senti algo assim.
Romântico, sonhador
Com motivo, você longe.
Sem motivo,
Irreal, surreal, sublime,
Louco,
Maldito!;
Maldito, cotidiano
Que me impede, cria uma barreira,
Mesmo que invisível e física.
De dor,
Entre eu e você.
Maldita seja as terças-feiras, quartas-feiras, quintas-feiras
Te amaldiçôo, as segundas ainda suportáveis.
As sextas o amor!
Eu sei que estou sofrendo,
Estou sofrendo de saudade, saudade
Por mais estranho que isso pareça,
É a mais pura realidade.
Rafael Churai Feijes
(The boy done wrong again)
28/09/2011
Eu estou sofrendo,
Sofrendo de saudade, saudade
Por mais estranho que isso pareça
É a mais pura realidade.
Eu acho, que sou uma criança
Mal amada, desesperada
Carente, sem motivo (?)
Eu, que já vivi grandes amores (mentira!)
Nunca senti algo assim.
Romântico, sonhador
Com motivo, você longe.
Sem motivo,
Irreal, surreal, sublime,
Louco,
Maldito!;
Maldito, cotidiano
Que me impede, cria uma barreira,
Mesmo que invisível e física.
De dor,
Entre eu e você.
Maldita seja as terças-feiras, quartas-feiras, quintas-feiras
Te amaldiçôo, as segundas ainda suportáveis.
As sextas o amor!
Eu sei que estou sofrendo,
Estou sofrendo de saudade, saudade
Por mais estranho que isso pareça,
É a mais pura realidade.
Rafael Churai Feijes
(The boy done wrong again)
28/09/2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Eu ainda estou acordando
Eu ainda estou acordando
Vou reviver algo novo,
Ou, experimentar algo novo?
Quais são as possibilidades?
O que me faria levantar?
Acordar?(não, sei)
Sentir vontade de viver?
Já, sei...
Um amor passado?
Um amor novo?
Não sei...
Por enquanto ainda,
Vou experimentar dormir.
16/09/2011
The boy done wrong again
Vou reviver algo novo,
Ou, experimentar algo novo?
Quais são as possibilidades?
O que me faria levantar?
Acordar?(não, sei)
Sentir vontade de viver?
Já, sei...
Um amor passado?
Um amor novo?
Não sei...
Por enquanto ainda,
Vou experimentar dormir.
16/09/2011
The boy done wrong again
Vida de sonhos
Vida de sonhos
Vou sonhar
Para experimentar,
Cada dia um mundo novo,
Cada sonho uma aventura,
Um mundo novo a partir de mim,
E o resto a parte,
Não vou me isolar,
Mas também não vou me mover,
Vou ficar estático em corpo,
Livre em pensamentos.
Feliz, como deveria ser na realidade.
Mas infelizmente eu tenho que sonhar,
Boa noite e adeus.
Se você fizer parte de meus sonhos,
Não te conto,
Sonho.
16/09/2011
The boy done wrong again
Vou sonhar
Para experimentar,
Cada dia um mundo novo,
Cada sonho uma aventura,
Um mundo novo a partir de mim,
E o resto a parte,
Não vou me isolar,
Mas também não vou me mover,
Vou ficar estático em corpo,
Livre em pensamentos.
Feliz, como deveria ser na realidade.
Mas infelizmente eu tenho que sonhar,
Boa noite e adeus.
Se você fizer parte de meus sonhos,
Não te conto,
Sonho.
16/09/2011
The boy done wrong again
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Final de semana
Final de semana
Preciso me desligar,
Preciso me ligar,
Descansar em seu conforto,
Em seu corpo repousar,
Não pensar em nada,
Pensar em nós,
Queria eu viver em uma ilha,
Como viemos ao mundo,
Sem nada para se preocupar,
Vivendo para vivenciar,
Vivendo por viver,
Vivendo por viver.
Como deveria ser,
Feliz
E o resto a parte.
16/09/2011
Preciso me desligar,
Preciso me ligar,
Descansar em seu conforto,
Em seu corpo repousar,
Não pensar em nada,
Pensar em nós,
Queria eu viver em uma ilha,
Como viemos ao mundo,
Sem nada para se preocupar,
Vivendo para vivenciar,
Vivendo por viver,
Vivendo por viver.
Como deveria ser,
Feliz
E o resto a parte.
16/09/2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Reflexão
Reflexão
Existem coisas tão pequenas
Mas que são as maiores e mais importantes
E as vezes parecem ser tão irrelevantes
Temos apenas um corpo
Com dois pulmões
Um coração
Um fígado
E tudo mais
Uma mente
Uma alma
Um amigo
Uma namorada
Uma família
Incrível, como as vezes
Esquecemos disso
E deixamos de lado
O mais importante
Que é viver bem
Ao lado de quem te ama
Sem nos prejudicar
Nos amando
E amando aos outros
Como iguais
Aceitando suas escolhas
Seus acertos e seus erros
E estando para sempre juntos
12/09/2011
Lendo Santo Agostinho, antes da missa.
PAX ET BONU !
Existem coisas tão pequenas
Mas que são as maiores e mais importantes
E as vezes parecem ser tão irrelevantes
Temos apenas um corpo
Com dois pulmões
Um coração
Um fígado
E tudo mais
Uma mente
Uma alma
Um amigo
Uma namorada
Uma família
Incrível, como as vezes
Esquecemos disso
E deixamos de lado
O mais importante
Que é viver bem
Ao lado de quem te ama
Sem nos prejudicar
Nos amando
E amando aos outros
Como iguais
Aceitando suas escolhas
Seus acertos e seus erros
E estando para sempre juntos
12/09/2011
Lendo Santo Agostinho, antes da missa.
PAX ET BONU !
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Vida
Vida
Você nunca encontra verdade
Ela que te encontra
E isso é quando você menos espera
Mesmo pensando estar equivocado
Acredito nela cruelmente
Oh, sábio destino cruel!
Que paira sobre todas as mulheres
Oh, destino cruel!
Que cala a boca de todos os homens.
Dia 07/09/2011
Você nunca encontra verdade
Ela que te encontra
E isso é quando você menos espera
Mesmo pensando estar equivocado
Acredito nela cruelmente
Oh, sábio destino cruel!
Que paira sobre todas as mulheres
Oh, destino cruel!
Que cala a boca de todos os homens.
Dia 07/09/2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Piano
Piano
Desafinado
Escondido, num canto
Empoeirado
Perdido
Esquecido, eu?
Que já tive milhões de dedos
E toquei músicas tão belas
Mas agora, fiquei aqui
Esquecido
Além do tempo
E das almas
Perdidas
Sozinho
No canto escuro
Do quarto
05/09/11
Desafinado
Escondido, num canto
Empoeirado
Perdido
Esquecido, eu?
Que já tive milhões de dedos
E toquei músicas tão belas
Mas agora, fiquei aqui
Esquecido
Além do tempo
E das almas
Perdidas
Sozinho
No canto escuro
Do quarto
05/09/11
História
História
Quando o tempo começou,
Ele já estava acabando
Como vozes na mente
Seis, oito olhos
Saltados
Uma boca, calada
Esperando o nada
Uma ideia, uma mente
Um pensamento
Ecoando
No vácuo
Vazio
Pairando
Entre mil dimensões
E o além
A razão
O não sei
O querer
O viver
Errado, sim
Mas tão certo as vezes
Como o incerto
Eu não sei
05/09/2011
Quando o tempo começou,
Ele já estava acabando
Como vozes na mente
Seis, oito olhos
Saltados
Uma boca, calada
Esperando o nada
Uma ideia, uma mente
Um pensamento
Ecoando
No vácuo
Vazio
Pairando
Entre mil dimensões
E o além
A razão
O não sei
O querer
O viver
Errado, sim
Mas tão certo as vezes
Como o incerto
Eu não sei
05/09/2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Sem título - Bruno(Harry) e Churai
E não irei fazer correções.
-----------------------------------------
Houve em uma festa
Muitos jovens
A vestimenta
Imitação
Baratiada
Por uma garrafa
Destilada
Vazia
Correndo na corrente sanguinea
A embriagues
Recorrente
Percorrente, passageira
Ilusão remanescente
De uma geração
Um elo,
Não encontrado
Sobre isso
Que em nossas vidas
Já vividas
E não existentes
Somos etéreos
Não somos nada
Em meio as luzes
Uma hora antes
da madrugada
Do amanhecer
Sangrento, sagrado
Sacramentado
Em nosso viver
E de resto nossas vidas
Que rodam alucinadas
Rodopiando no desconhecido
13/08/2011
-----------------------------------------
Houve em uma festa
Muitos jovens
A vestimenta
Imitação
Baratiada
Por uma garrafa
Destilada
Vazia
Correndo na corrente sanguinea
A embriagues
Recorrente
Percorrente, passageira
Ilusão remanescente
De uma geração
Um elo,
Não encontrado
Sobre isso
Que em nossas vidas
Já vividas
E não existentes
Somos etéreos
Não somos nada
Em meio as luzes
Uma hora antes
da madrugada
Do amanhecer
Sangrento, sagrado
Sacramentado
Em nosso viver
E de resto nossas vidas
Que rodam alucinadas
Rodopiando no desconhecido
13/08/2011
Diálogo I
Diálogo I (sei lá)
A:Olá
B:Oi
A:Como vai?
B:Mal, ando tendo uns pesadelos e você?
A:Bem, muito bem.
B:Como é se sentir bem?
A:Não sei, que pergunta (acho que nunca pensei isso). E como é estar mal?
B:Acho que é só pensar um pouco e você começa a sentir mal.
A:Hun... e o trabalho como vai ?
B:Que trabalho?
A:Não sei, você trabalha, né?
B:Não, eu tenho sonhos.
A:Todos temos sonhos, não sei porque mas temos.
B:Sonhar é preciso, mas o bom é sonhar acordado.
A:Não sei se já vive um sonho.
B:Você faz o que então?
A:Ah, eu trabalho, eu assisto televisão, eu saio as vezes (faz tempo que não faço isso).E como é sonhar acordado?
B:É como em um sonho.
A:...
B:É como um sonho, mas o seu sonho.
A:(?)
B:Até logo.
A:Até.
30/08/2011
Lembrete:(Imaginação criativa- Carl Jung)
A:Olá
B:Oi
A:Como vai?
B:Mal, ando tendo uns pesadelos e você?
A:Bem, muito bem.
B:Como é se sentir bem?
A:Não sei, que pergunta (acho que nunca pensei isso). E como é estar mal?
B:Acho que é só pensar um pouco e você começa a sentir mal.
A:Hun... e o trabalho como vai ?
B:Que trabalho?
A:Não sei, você trabalha, né?
B:Não, eu tenho sonhos.
A:Todos temos sonhos, não sei porque mas temos.
B:Sonhar é preciso, mas o bom é sonhar acordado.
A:Não sei se já vive um sonho.
B:Você faz o que então?
A:Ah, eu trabalho, eu assisto televisão, eu saio as vezes (faz tempo que não faço isso).E como é sonhar acordado?
B:É como em um sonho.
A:...
B:É como um sonho, mas o seu sonho.
A:(?)
B:Até logo.
A:Até.
30/08/2011
Lembrete:(Imaginação criativa- Carl Jung)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Sociedade moderna Brasileira
Sabe venho enfrentando uma crise de identidade social há alguns anos, realmente estou pensando porque temos que ser algo? Fazer algo? Conseguir um bom emprego? Fazer compras? Constituir uma família? Ter uma casa e um cachorro? E ser aceito pela sociedade?
Profissão é algo muito difícil de escolher mesmo aos 22 anos e essa ideia de escolher algo para o resto da vida, não é realmente assustadora?
Onde está à faculdade que nos ensina a viver, a sentir, a escrever, a conversar, a enxergar o outro como igual, a não ter pré-conceitos, estereótipos, na verdade eu penso que as faculdades te desensinam a fazer isso, parando para pensar essa classe média nova em ascensão que faz qualquer faculdade barata (porque eles podem fazer, eles podem pagar) e vão sair da faculdade mais sem conhecimento do que entraram, mas prontos para o mercado de trabalho.
Esse mundo aberto é que nós permite essa crise, antigamente no mundo fechado, você simplesmente não tinha escolha, iria seguir um comercio de sua família, ou ter a carreira que seus pais tinham. O que também não deve ser muito agradável. Na verdade o que devemos fazer é sentir realmente com o coração e partir sem medo, seja lá para o que for. Porque as coisas feitas com o coração e de boa fé não podem estar erradas.
Porque temos que ter amor sobre uma coisa, enquanto o mundo te dá possibilidades infinitas?
Hoje em dia a sua realização pessoal tem que estar ligada diretamente ao trabalho, você trabalha oito horas por dia (quando se trabalha oito), dorme oito horas, toma banho, se alimenta, faz suas necessidades com mais três horas, perde no trânsito mais duas horas e o resto de ainda temos coragem de ligar uma televisão e assistir novela. E continuar assim como bois, caminhando ao matadouro. Uma cena clássica disso é o metro em horário de pico, pessoas zumbis andando, ainda com sono para sua determinada função, doentes, saudáveis, não importa a sua situação, você apenas deve bater o seu cartão.
Profissão é algo muito difícil de escolher mesmo aos 22 anos e essa ideia de escolher algo para o resto da vida, não é realmente assustadora?
Onde está à faculdade que nos ensina a viver, a sentir, a escrever, a conversar, a enxergar o outro como igual, a não ter pré-conceitos, estereótipos, na verdade eu penso que as faculdades te desensinam a fazer isso, parando para pensar essa classe média nova em ascensão que faz qualquer faculdade barata (porque eles podem fazer, eles podem pagar) e vão sair da faculdade mais sem conhecimento do que entraram, mas prontos para o mercado de trabalho.
Esse mundo aberto é que nós permite essa crise, antigamente no mundo fechado, você simplesmente não tinha escolha, iria seguir um comercio de sua família, ou ter a carreira que seus pais tinham. O que também não deve ser muito agradável. Na verdade o que devemos fazer é sentir realmente com o coração e partir sem medo, seja lá para o que for. Porque as coisas feitas com o coração e de boa fé não podem estar erradas.
Porque temos que ter amor sobre uma coisa, enquanto o mundo te dá possibilidades infinitas?
Hoje em dia a sua realização pessoal tem que estar ligada diretamente ao trabalho, você trabalha oito horas por dia (quando se trabalha oito), dorme oito horas, toma banho, se alimenta, faz suas necessidades com mais três horas, perde no trânsito mais duas horas e o resto de ainda temos coragem de ligar uma televisão e assistir novela. E continuar assim como bois, caminhando ao matadouro. Uma cena clássica disso é o metro em horário de pico, pessoas zumbis andando, ainda com sono para sua determinada função, doentes, saudáveis, não importa a sua situação, você apenas deve bater o seu cartão.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Nós
Nós
Alguns aprendem a ser sozinho,
Outros aprendem a ter alguém.
Mas quando as luzes se apagam.
Todos queremos ser um só,
E somente buscar,
A própria felicidade.
Seja ela um lugar,
Ou com uma pessoa.
Dia 18/08/2011
Alguns aprendem a ser sozinho,
Outros aprendem a ter alguém.
Mas quando as luzes se apagam.
Todos queremos ser um só,
E somente buscar,
A própria felicidade.
Seja ela um lugar,
Ou com uma pessoa.
Dia 18/08/2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Viagem São Caetano do Sul-Paraty.
Viagem São Caetano do Sul-Paraty.
Reviver o passado é a melhor maneira de evitar erros futuros.
Dedico essas palavras a todos os homens românticos, mas devo avisar acabou.
Agradeço também a Pedro e Gabriel pela maravilhosa estadia da qual tivemos, agradeço a todos que tornaram essa viagem possível e a Deus que criou essas maravilhas.
Rafael Churai Feijes
“Um verdadeiro homem deve conhecer seu país”
Charles Bukowski
Dia 26 de junho de 2011
Acordo, de uma noite mal dormida e já com saudades do meu amor, que dormiu uma noite de sonhos ao meu lado. Vou para casa de meu amigo Pedro, terminar os preparativos para a viagem.
Deixe-me falar um pouco dela estação Utinga, com destino a Paraty Rio de Janeiro, bicicletas, barracas, roupas, macarrão instantâneo e muita coragem.
E o rufar dos trilhos partiram, quanto mais distante estávamos, mais se me sentia bem, pelo menos por um instante poderia sentir o mundo sendo meu quintal e as necessidades se tornariam básicas novamente, comer, beber água, segurança e calor. O trem já estava vazio nesse momento, apenas as três bicicletas em um canto e Pedro e Gabriel dormindo, enquanto eu ansioso escrevia e minha cabeça não queria parar de funcionar.
Muitas pessoas, muitas aventuras eu sei que iria encontrar no litoral Norte de São Paulo.
Desembarcando na estação de Estudantes, perguntando a primeira informação da viagem, já vi no rosto das pessoas a satisfação do que elas faziam quando eram jovens. O simples fato de viajar e sentir o sangue correndo pelas veias. Nosso primeiro destino seria a serra Biriti Sul, com destino já ao litoral Norte de São Paulo e que serra maravilhosa! Chuva, garoa e neblina nos acompanharam no caminho e ela é alta, muito alta, ficamos imaginando como ela foi construída e como era no tempo da “descoberta” do Brasil. Uma chuva muito forte nos deu um susto às 13 horas, o céu se fechou de uma maneira que já parecia de noite e me deu até sono, comemos nossa comida improvisada, água quente e miojos de diversos sabores, esperamos a chuva e partimos novamente.
Depois de muitas pedaladas e risadas chegamos a Riveira e assim continuamos na frente de um supermercado comendo nossa comida improvisada.
Chuva, garoa, frio, pé molhado, onde iriamos dormir? Cansados já de tanto pedalar!
Voltamos a Riveira para nos abrigar da chuva e tentar conseguir um abrigo. Conseguimos um, um péssimo, na frente de uma imobiliária, naquela cidade ridícula! Cidade rica, com pessoas tão pobres e trabalhadores tão robôs, sem coração. Dei boa noite ao meu amor, Pedro e Gabriel já dormiam, deitei, quero dizer sentei junto a eles, puxei minha manta (um pedaço de tecido que minha namorada esqueceu no meu carro e uso ela para me cobrir), nos aquecemos todos, quando me vi em um sono pesado uns dez minutos após sentar, fomos acordados por um segurança noturno da cidade, que nos expulsou de lá e falou que a chuva já tinha passado. Bom, a chuva passou então vamos voltar àquele posto de gasolina e tentar nos abrigar, a caminho a chuva volta cada vez mais forte, lá não somos bem-vindos novamente também e praticamente somos expulsos com conversas e olhares desagradáveis, a nossa única esperança seria mesmo a cidade de Riveira fomos para lá pingando cada vez mais de nós e do céu, tentamos abrigos na portaria, da qual era impossível e não podíamos nem nos sentar, estava quase dormindo de pé literalmente. Depois de umas duas horas um dos seguranças nos comunicaram que podíamos ficar em um ponto de ônibus e que lá também era coberto, assim começou a pior noite da minha vida e comecei a pagar meus pecados. O ponto tinha um banco terrivelmente gelado, o vento me cortava o rosto de tão gélido e a chuva batia forte em minha face mesmo tentando me proteger, tomei muita Coca-Cola coisa da qual não tenho habito e fumei muito, muito mesmo, tentávamos nos juntar no banco para nos aquecer e chegamos até ter alucinações da situação, Pedro jura que viu seguranças nas árvores, eu simplesmente vi o pedestre da placa caminhar sobre a faixa, Gabriel falava que não estava tão ruim assim e contava historias de outras viagens, como essa era minha primeira não estava acostumado a nada disso, felizmente acabei adormecendo, com a calça encharcada, fui o último a acordar, porém acordei muitas vezes tentando me esconder da chuva que batia em meu rosto. Assim a cidade foi aos poucos acordando e nos olhava com certa repulsa que apenas as pessoas mais ridículas sabem ter.
Dia 27 de junho de 2011
Arrumamos as nossas coisas e partimos meio dormindo ainda, (Observação ainda chovia) pedalamos até uma cidade qualquer onde tomei um belo café da manhã com direito a iogurte, pão duro, queijo branco e bolachas, tínhamos que esperar a chuva passar me enfiei debaixo de uma caminhote e dormir profundamente, aquecido por papelões e minha manta. Quando a chuva passou umas 11 horas, pedalamos mais e mais, passando pela cidade de Boracéia, Juréia, Barra do Una, Juquey, parando para descansar na praia mais linda que eu já vi ela se chamava apenas Preta, liguei para meu amor e descrevi a praia a ela e falei como queria que ela estivesse lá comigo, abraçado ao meu braço, bom a praia minúscula tinha ondas fortes e altas, coqueiros, ilhas ao redor e uma areia preta, fumamos um cigarro e partimos novamente com destino a Boiçucanga, passamos pela cidade Barra do Sahy e finalmente chegamos a Boiçucanga uma das poucas praias do litoral norte que conheço, muito bonita e com uma pista de skate maravilhosa, pedi diversas informações, consegui um mapa o qual foi muito útil para minha viagem e pretendo guarda-lo o resto de minha vida, Gabriel conseguiu nosso almoço por volta das 16 horas, arroz e feijão, compramos diversas coisas para misturar com ele. Comi como se nunca tivesse comido na vida, me lavei em um banheiro, Pedro estava cansado e ficou dormindo com Gabriel sai para tentar um abrigo já na garoa o termômetro me mostrava 10 graus célsius, enquanto eles me esperavam num lugar do qual julgavam não apropriado para dormir, pedi em pousadas, procurei casas e tudo que achei foi uma pizzaria e como era segunda-feira ela estava fechado, ótimo era lá mesmo! Compramos água, arrumamos uns papelões e tentamos ficar quentes, 8 graus nos mostrava o termômetro da cidade, mas mesmo assim, consegui ter um sono bom, na medida do possível, Gabriel que reclamou muito, mas nem notei o fato de tão exausto.
Dia 28 de junho de 2011
Acordamos com a cidade já achando estranha nossa presença, tomamos um belo desjejum, abacate com açúcar e limão e bananas. Partimos por um trecho que pensamos que seria fácil 9km apenas, mas foi nesse trecho que paguei meus pecados pela segunda vez e talvez até os que ainda nem cometi. O trecho era de serra, com subidas tão altas que não se via o fim nunca e as pernas doíam muito, descansávamos a cada 1km e sentávamos com as mochilas cada vez mais pesadas em nossas costas, passamos pela praia Brava local onde se prática mergulho e do qual tive grande curiosidade de conhecer mas era uma hora de trilha para a praia. Depois de muito, mais muito sufoco mesmo chegamos a Maresias, uma cidade linda, com uma bela praia da qual tivemos longas conversas, sobre os mais diversos assuntos, antes de ir para o centro almoçar, pedalamos mais até centro, o centro mais calmo que já vi, com uma pista de skate na qual fiz amizade com skatistas e ainda aproveitei para andar um pouco, fomos atrás de nosso almoço e conseguimos um ótimo, arroz, feijão e ovos. Comemos, descansamos muito, arrumei o freio da bicicleta de Pedro na medida do possível e como já estávamos cansados de ficar na mesma cidade partimos e demos a sorte grande.
Paúba
Não muito distante chegamos a Paúba, uma cidade que parece interior, mas ao invés de terra no chão, tinha areia, procuramos por mercados e seguimos a praia onde nos falaram que existia um camping, mas este acabou sendo muito caro nós R$25,00 por pessoa, ficamos observando surfistas pegando ondas gigantes, resolvemos voltar a praça da igreja onde tinha um pessoal fazendo fogueira, conversamos e fomos convidados a armar nossas barracas em uma parte coberta da igreja, compramos batatas, ovos, pães, bolachas e comemos maravilhosamente bem, após conversamos muito, criamos este hábito pois quando se tem muita comida na barriga é hora de relaxar, fomos a praia novamente ver as estrelas e o céu, o qual tinha muitas, um céu sem poluição, provavelmente igual o de São Paulo mas ali não há luzes e fumaças para esconder o que há de mais lindo e já foi de muita inspiração, o universo. Liguei para o amor da minha vida e desejei que ela estivesse comigo, mesmo com um pouco de ciúmes, sinto ela ao meu lado sempre, ela estava reclamando do frio e relembrando de como eu a esquento quando dormimos juntos. Penso muito em voltar logo, mas ela pede para eu continuar até o meu destino, que isso irá me fazer bem, fico tranquilo de ouvir isso e ver que estamos nos dando bem mesmo longe, mas não gosto de pensar que estou me afastando dela mesmo que seja somente por passos em uma viagem (Intuição?). Pedro e Gabriel já dormem profundamente nesse momento e eu estou a pensar e a escrever. Mas agora é hora de dar boa noite e dormir com os anjos, em minha barraca quentinha uma bela noite de sono, pois ainda tenho muito que pedalar.
Dia 29 de junho
Acordamos um pouco tarde, mas merecíamos descansar um pouco mais, arrumamos nossa malas, compramos bolachas e partimos com destino a Santiago, paramos rapidamente nessa praia, queríamos parar em todas as praias até o nosso próximo destino, o centro de São Sebastião onde felizmente moram o tia e a tia de Gabriel e ele não via há muitos tempo esses parentes e eles se propuseram a nos abrigas, pensamos que iriamos chegar pela hora do almoço mas as coisas não ocorreram como planejadas. A praia de Santiago é linda, andamos na areia grossa e gelada, sentamos nas pedras, conversamos e partimos. Logo chegamos em Toque Toque Pequeno, uma cidade muito agradável, tentamos nadar na praia que estava deserta, mas água estava muito gelada e apenas fiquei observando Pedro e Gabriel, conversamos e partimos para Calhetas, no alto da estrada avistamos uma ilha, só não imaginávamos que era Calhetas, ficamos um bom tempo imaginando como seria estar lá e fazia um lindo dia de sol, mesmo no inverno a temperatura estava suficientemente quente para deixar o rosto vermelho, continuamos e vimos que aquela era a praia de Calhetas, ela ficava em um condomínio e o acesso é permitido somente por pedestres, engraçado que ela fica no meio da estrada e apenas aventureiros como nós iriamos chegar a ela, escondemos nossas bicicletas e mochilas e fomos descendo já por um caminho maravilhoso, fechado e gelado pelas árvores e cachoeiras, mas podia acreditar que estava naquele paraíso, passamos por mansões e chegamos ao lugar mais lindo e inabitado que já fui.
Calhetas (Peço a Deus que quando eu morrer morra em um lugar assim e quando acordar esteja nele ainda)
Um pedaço do paraíso na Terra, a ilha tem a grama cortada na parte alta, onde um pequeno trecho de areia nos dá acesso, as ondas agora quebravam dos dois lados por esse caminho, queríamos subir direto ao topo e observar a paisagem, subimos por uma escada de terra logo estávamos ao topo, nenhuma cidade podia ser avistados, apenas pássaros, barcos ao fundo distante, serras e uma imensidão azul brilhante, desejei retornar a esse lugar mais que tudo, após um longo período de meditação descemos e aproveitamos para dar um mergulho no mar, nosso primeiro mergulho da viagem, logo tiramos as roupas fiquei apenas seminu, mas quando a água chegou a minha cintura retornei pois estava muito gelada, aproveitei meu tempo no sol que me aquecia, enquanto Pedro e Gabriel estavam se divertindo na água, tirei diversas fotos deles brincando. Na praia havia muitos filhotes de caranguejos que camuflados corriam enquanto nós andávamos, eram da cor da areia e lindos (adoro caranguejos). E o que tenho de falar do lugar que não é bom? Nada.
Só fiquei pensativo que talvez se mais pessoas fossem lá a praia não estaria tão perfeita, porém infelizmente muitos não têm consciência de preserva-las, durante todo o percurso não jogamos um único papel ao chão.
Poema do mar
De tanta falta que sinto,
Faço um coração,
Na areia branca,
Da praia mais linda,
Assim como você.
De tanto amor que sinto,
Faço ele grande,
Na areia branca,
Da praia mais linda,
Assim como meu amor
De tanta vontade que sinto,
Faço duas iniciais,
No coração mais lindo,
Na areia branca, da praia mais linda
Assim sendo o R.
Sei que ele irá se desfazer,
Assim que a maré encher
Mas a maré cheia
Logo irá espalhar o meu amor
E todos os oceanos
Irá conhecer do nosso amor
Agora meu amor
Está espalhado pelo oceano
Só queria que você estivesse
Aqui na praia junto comigo
Para sentir ele.
Continuamos o nosso caminho e passou um jipe ouvindo The Beatles bem alto com a música Oblah di Oblah da, como eu gosto do Beatles e de ouvi-los bem alto, lembro quando fazia isso com os vinis que eu e Pedro comprávamos em uma rua perto da galeria do rock e a casa até tremia após isso.
Continuamos a nossa pedalada, as vezes na subida, outras na descida, ou retas, passamos por Toque Toque Grande, sem parar pois estávamos atrasados para chegar a casa da tia de Gabriel em São Sebastião, estávamos com medo de ter de pedalar a noite, passamos pela praia Brava, Guaecá, Barequeçaba, Pitangueiras, Praia Grande, Praia Preta, apenas parando para descansar e beber água em poucos momentos. Nas serras na parte de descida eu ia na frente com uma velocidade incrível, não sei ao certo em qual praia mas tinha uma descida e uma reta após que foi melhor do que uma montanha russa de um parque de diversões, chegamos já escurecendo na casa dos parente de Gabriel e com muita fome, com os músculos doendo, a cidade a primeira vista parecia ser feia, apenas uma cidade grande, mas ainda iria descobri-la.
Casa simples, gente humilde, um casal de idosos com problemas de saúde gerados pela idade já avançada os dois com mais de setenta anos de idade, fomos maravilhosamente bem recebidos, um almoço nos aguardava, salada, arroz, feijão, ovos, farinha, batata frita, refrigerantes e laranja. Ouvi diversas histórias de seu Marinho tio do Gabriel, enquanto aguardava minha vez de tomar um banho quente e rejuvenescedor tanto esperado, logo após ele eu entrei e como precisava de um banho, foi quase um orgasmo sentir a água quente batendo em meu corpo e me curar de todas as dores, na rua fazia frio mas a casa era quente e confortável, tomei um banho não muito longo, mas o bastante para me lavar decentemente, como é bom tomar banho e lavar os cabelos. Coloquei uma roupa limpinha, esperei Pedro e fizemos uma ótima refeição, a comida veio com um sono forte, saímos após para comprar algumas coisas e tomei um maravilhoso leite com chocolate do qual precisava muito, estava com sono e falei um monte de besteiras, retornamos a casa e tive uma bela noite de sono, acordamos ainda cansados demoramos para sair ao nosso próximo destino dessa vez caminhando, Ilha Bela.
Dia 30 de junho de 2011
Após um belo desjejum partimos, Gabriel estava um pouco irritado, cansado, andamos até a balsa e o tempo não estava a nosso favor, a cidade que era feia foi mostrando sua beleza quanto mais nos aproximávamos do centro histórico, era uma regressão no tempo a cidade foi colonizada no século XVI e grande parte de sua construção estava intacta. Entramos em uma igreja toda feita de madeira, cal e pedra, pintada de amarelo e branco, da qual havia missa todos os dias e desde o começo da viagem estava procurando assistir um, logo encontramos a balsa o cenário era lindo o porto ao fundo, canhões antigos pela orla, subimos na balsa e chegamos a Ilha Bela, uma ilha de 40km, onde se tem as mais diversas atividades, como o tempo estava nublado andamos apenas alguns quilômetros até um ponto de mergulho, sentamos e admiramos a paisagem, conversamos e decidimos voltar, descansar e a andar a Ilha inteira, torcendo por um dia de sol seguinte, compramos diversas frutas muito baratas em um supermercado, retornamos a casa almoçamos, após fui assistir a missa, coisa do qual Gabriel e Pedro não quiseram , foi uma bela missa curta, com um padre carismático, igreja quase vazia, refleti muito nela e conclui novamente pensamentos já concluídos, após encontrei com eles, caminhamos pela orla, admiramos a paisagem, demos muitas risadas a toa.
Voltamos ao nosso conforto, nesse dia a noite não estava tão frio e o dia seguinte prometia calor 27 graus, estou sentado agora a mesa escrevendo minhas ultimas linhas esperando a Raquel me ligar, Pedro e Gabriel já estão dormindo. (Espero que ela me ligue logo pois não durmo bem quando não escuto o seu boa noite e o seu eu te amo, ainda amis longe e preocupado idiota que sou.)
Dia 01 julho de 2011
Acordamos dessa vez bem disposto e com poucas dores no corpo, logo de manhã o dia já era quente e se podia ver o sol a cada brecha da casa, tomamos nosso desjejum e partimos a Ilha Bela, atravessamos a balsa, toquei meu cabo de aço do freio que tinha estourado e começamos uma longa discussão para onde iriamos, o Gabriel não se decidia nunca e Pedro apenas dava risada de nossa discussão, depois de muita briga parti para o norte estava cansado de Pedro que era movido a cigarro e parava a casa minuto para fumar, estava cansado de Gabriel e suas piadas chatas, saí em disparada, pois como minha bicicleta era mais rápida logo não conseguia avista-los, fui passando velozmente por diversas praias, rumo a praia de Jabaquara 22km de onde estava, passei pela praia do Perequê, Itaguaçu, Itaquanduba, Engenho d’agua, Ponta do Pequéa, Saco da Capela, Santa Tereza, Barreiros, Viana, Siriúba, chegando a praia do (Sino) Garapocaia, já estava com fome era por volta do meio-dia e sendo considerada a quinta praia mais bonita da ilha, fiquei por lá, era uma praia sem ondas com grandes pedras em volta, uma água azul e limpa, onde se poderia nadar com os peixes, logo tirei a camiseta e fui correndo para o mar fiquei mais de uma hora ali, voltei comi umas bolachas e avistei Pedro e Gabriel, li sobre a lenda da praia que consiste em, um dia nem amanhecia e navios piratas iam invadir a cidade, ancoraram os barcos e começaram a descer, a cidade ainda adormecida, mas quando eles atravessam uma pedra ela fez barulho de sino, assim toda a cidade acordou e se preparou para a batalha, surgiu então um guerreiro em um cavalo chamado São Sebastião e expulsou os inimigos.
Os dois estavam com fome e fomos sentar nas pedras e comer pães e azeitonas, liguei para Raquel e a mesma estava chata e grossa, fiquei um pouco chateado e em silêncio durante um tempo, logo nadei por aquelas pedras e partimos passando pela Ponta Azeda, praia do Pinto Armação, Praia da Canas, Pacuíba, como Pacuíba é uma praia bem isolada e uma antes de Jabaquara, fomos um pouco lá já sabendo que iriamos ter de pedalar a noite, partimos logo para Jabaquara o caminho foi cansativo mas quando avistei a praia vi que tinha valido todo o esforço, ela era linda cercada pela Mata Atlântica, deserta e sobre ela voavam gaviões, descemos correndo, comemos algumas frutas e observei sem pressa a paisagem, logo partimos fui na frente, pois queria chegar a uma iluminada logo, mas dei a sorte grande, um grupo de trabalhadores de construção estavam subindo em um caminhão velho e azul, logo perguntei se cabia mais um, eles disseram claro. A primeira carona da vida não se esquece como disse Pedro, atravessei todas aquelas praias rapidamente em cima do caminhão enquanto fumava um cigarro e me abaixava para galhos não baterem no meu rosto, dei muita risada com os trabalhadores, que apesar de estarem aqui há anos ainda tem um sotaque forte do Ceará, atravessei todo aquele caminho de um dia em no máximo meia hora, agradeci muito a eles e estava com muita fome, fui direto ao mercado comprar uma cerveja bem gelada e uma barra de chocolate deliciei os dois sem pressa, uma hora e meia depois Pedro e Gabriel chegaram.
Logo fomos tomar banho, contei e ri muito da carona, jantamos, adormecemos e quando amanheceu sabe Deus lá porque resolvi voltar, faltando apenas um dia para chegar em Paraty, mas em viagens como essas é assim mesmo, cada um tem seu momento de partir e isso tem que ser respeitado. Não me arrependi de ter voltado, mesmo tudo dando tão errado aqui, pois tentei.
Reviver o passado é a melhor maneira de evitar erros futuros.
Dedico essas palavras a todos os homens românticos, mas devo avisar acabou.
Agradeço também a Pedro e Gabriel pela maravilhosa estadia da qual tivemos, agradeço a todos que tornaram essa viagem possível e a Deus que criou essas maravilhas.
Rafael Churai Feijes
“Um verdadeiro homem deve conhecer seu país”
Charles Bukowski
Dia 26 de junho de 2011
Acordo, de uma noite mal dormida e já com saudades do meu amor, que dormiu uma noite de sonhos ao meu lado. Vou para casa de meu amigo Pedro, terminar os preparativos para a viagem.
Deixe-me falar um pouco dela estação Utinga, com destino a Paraty Rio de Janeiro, bicicletas, barracas, roupas, macarrão instantâneo e muita coragem.
E o rufar dos trilhos partiram, quanto mais distante estávamos, mais se me sentia bem, pelo menos por um instante poderia sentir o mundo sendo meu quintal e as necessidades se tornariam básicas novamente, comer, beber água, segurança e calor. O trem já estava vazio nesse momento, apenas as três bicicletas em um canto e Pedro e Gabriel dormindo, enquanto eu ansioso escrevia e minha cabeça não queria parar de funcionar.
Muitas pessoas, muitas aventuras eu sei que iria encontrar no litoral Norte de São Paulo.
Desembarcando na estação de Estudantes, perguntando a primeira informação da viagem, já vi no rosto das pessoas a satisfação do que elas faziam quando eram jovens. O simples fato de viajar e sentir o sangue correndo pelas veias. Nosso primeiro destino seria a serra Biriti Sul, com destino já ao litoral Norte de São Paulo e que serra maravilhosa! Chuva, garoa e neblina nos acompanharam no caminho e ela é alta, muito alta, ficamos imaginando como ela foi construída e como era no tempo da “descoberta” do Brasil. Uma chuva muito forte nos deu um susto às 13 horas, o céu se fechou de uma maneira que já parecia de noite e me deu até sono, comemos nossa comida improvisada, água quente e miojos de diversos sabores, esperamos a chuva e partimos novamente.
Depois de muitas pedaladas e risadas chegamos a Riveira e assim continuamos na frente de um supermercado comendo nossa comida improvisada.
Chuva, garoa, frio, pé molhado, onde iriamos dormir? Cansados já de tanto pedalar!
Voltamos a Riveira para nos abrigar da chuva e tentar conseguir um abrigo. Conseguimos um, um péssimo, na frente de uma imobiliária, naquela cidade ridícula! Cidade rica, com pessoas tão pobres e trabalhadores tão robôs, sem coração. Dei boa noite ao meu amor, Pedro e Gabriel já dormiam, deitei, quero dizer sentei junto a eles, puxei minha manta (um pedaço de tecido que minha namorada esqueceu no meu carro e uso ela para me cobrir), nos aquecemos todos, quando me vi em um sono pesado uns dez minutos após sentar, fomos acordados por um segurança noturno da cidade, que nos expulsou de lá e falou que a chuva já tinha passado. Bom, a chuva passou então vamos voltar àquele posto de gasolina e tentar nos abrigar, a caminho a chuva volta cada vez mais forte, lá não somos bem-vindos novamente também e praticamente somos expulsos com conversas e olhares desagradáveis, a nossa única esperança seria mesmo a cidade de Riveira fomos para lá pingando cada vez mais de nós e do céu, tentamos abrigos na portaria, da qual era impossível e não podíamos nem nos sentar, estava quase dormindo de pé literalmente. Depois de umas duas horas um dos seguranças nos comunicaram que podíamos ficar em um ponto de ônibus e que lá também era coberto, assim começou a pior noite da minha vida e comecei a pagar meus pecados. O ponto tinha um banco terrivelmente gelado, o vento me cortava o rosto de tão gélido e a chuva batia forte em minha face mesmo tentando me proteger, tomei muita Coca-Cola coisa da qual não tenho habito e fumei muito, muito mesmo, tentávamos nos juntar no banco para nos aquecer e chegamos até ter alucinações da situação, Pedro jura que viu seguranças nas árvores, eu simplesmente vi o pedestre da placa caminhar sobre a faixa, Gabriel falava que não estava tão ruim assim e contava historias de outras viagens, como essa era minha primeira não estava acostumado a nada disso, felizmente acabei adormecendo, com a calça encharcada, fui o último a acordar, porém acordei muitas vezes tentando me esconder da chuva que batia em meu rosto. Assim a cidade foi aos poucos acordando e nos olhava com certa repulsa que apenas as pessoas mais ridículas sabem ter.
Dia 27 de junho de 2011
Arrumamos as nossas coisas e partimos meio dormindo ainda, (Observação ainda chovia) pedalamos até uma cidade qualquer onde tomei um belo café da manhã com direito a iogurte, pão duro, queijo branco e bolachas, tínhamos que esperar a chuva passar me enfiei debaixo de uma caminhote e dormir profundamente, aquecido por papelões e minha manta. Quando a chuva passou umas 11 horas, pedalamos mais e mais, passando pela cidade de Boracéia, Juréia, Barra do Una, Juquey, parando para descansar na praia mais linda que eu já vi ela se chamava apenas Preta, liguei para meu amor e descrevi a praia a ela e falei como queria que ela estivesse lá comigo, abraçado ao meu braço, bom a praia minúscula tinha ondas fortes e altas, coqueiros, ilhas ao redor e uma areia preta, fumamos um cigarro e partimos novamente com destino a Boiçucanga, passamos pela cidade Barra do Sahy e finalmente chegamos a Boiçucanga uma das poucas praias do litoral norte que conheço, muito bonita e com uma pista de skate maravilhosa, pedi diversas informações, consegui um mapa o qual foi muito útil para minha viagem e pretendo guarda-lo o resto de minha vida, Gabriel conseguiu nosso almoço por volta das 16 horas, arroz e feijão, compramos diversas coisas para misturar com ele. Comi como se nunca tivesse comido na vida, me lavei em um banheiro, Pedro estava cansado e ficou dormindo com Gabriel sai para tentar um abrigo já na garoa o termômetro me mostrava 10 graus célsius, enquanto eles me esperavam num lugar do qual julgavam não apropriado para dormir, pedi em pousadas, procurei casas e tudo que achei foi uma pizzaria e como era segunda-feira ela estava fechado, ótimo era lá mesmo! Compramos água, arrumamos uns papelões e tentamos ficar quentes, 8 graus nos mostrava o termômetro da cidade, mas mesmo assim, consegui ter um sono bom, na medida do possível, Gabriel que reclamou muito, mas nem notei o fato de tão exausto.
Dia 28 de junho de 2011
Acordamos com a cidade já achando estranha nossa presença, tomamos um belo desjejum, abacate com açúcar e limão e bananas. Partimos por um trecho que pensamos que seria fácil 9km apenas, mas foi nesse trecho que paguei meus pecados pela segunda vez e talvez até os que ainda nem cometi. O trecho era de serra, com subidas tão altas que não se via o fim nunca e as pernas doíam muito, descansávamos a cada 1km e sentávamos com as mochilas cada vez mais pesadas em nossas costas, passamos pela praia Brava local onde se prática mergulho e do qual tive grande curiosidade de conhecer mas era uma hora de trilha para a praia. Depois de muito, mais muito sufoco mesmo chegamos a Maresias, uma cidade linda, com uma bela praia da qual tivemos longas conversas, sobre os mais diversos assuntos, antes de ir para o centro almoçar, pedalamos mais até centro, o centro mais calmo que já vi, com uma pista de skate na qual fiz amizade com skatistas e ainda aproveitei para andar um pouco, fomos atrás de nosso almoço e conseguimos um ótimo, arroz, feijão e ovos. Comemos, descansamos muito, arrumei o freio da bicicleta de Pedro na medida do possível e como já estávamos cansados de ficar na mesma cidade partimos e demos a sorte grande.
Paúba
Não muito distante chegamos a Paúba, uma cidade que parece interior, mas ao invés de terra no chão, tinha areia, procuramos por mercados e seguimos a praia onde nos falaram que existia um camping, mas este acabou sendo muito caro nós R$25,00 por pessoa, ficamos observando surfistas pegando ondas gigantes, resolvemos voltar a praça da igreja onde tinha um pessoal fazendo fogueira, conversamos e fomos convidados a armar nossas barracas em uma parte coberta da igreja, compramos batatas, ovos, pães, bolachas e comemos maravilhosamente bem, após conversamos muito, criamos este hábito pois quando se tem muita comida na barriga é hora de relaxar, fomos a praia novamente ver as estrelas e o céu, o qual tinha muitas, um céu sem poluição, provavelmente igual o de São Paulo mas ali não há luzes e fumaças para esconder o que há de mais lindo e já foi de muita inspiração, o universo. Liguei para o amor da minha vida e desejei que ela estivesse comigo, mesmo com um pouco de ciúmes, sinto ela ao meu lado sempre, ela estava reclamando do frio e relembrando de como eu a esquento quando dormimos juntos. Penso muito em voltar logo, mas ela pede para eu continuar até o meu destino, que isso irá me fazer bem, fico tranquilo de ouvir isso e ver que estamos nos dando bem mesmo longe, mas não gosto de pensar que estou me afastando dela mesmo que seja somente por passos em uma viagem (Intuição?). Pedro e Gabriel já dormem profundamente nesse momento e eu estou a pensar e a escrever. Mas agora é hora de dar boa noite e dormir com os anjos, em minha barraca quentinha uma bela noite de sono, pois ainda tenho muito que pedalar.
Dia 29 de junho
Acordamos um pouco tarde, mas merecíamos descansar um pouco mais, arrumamos nossa malas, compramos bolachas e partimos com destino a Santiago, paramos rapidamente nessa praia, queríamos parar em todas as praias até o nosso próximo destino, o centro de São Sebastião onde felizmente moram o tia e a tia de Gabriel e ele não via há muitos tempo esses parentes e eles se propuseram a nos abrigas, pensamos que iriamos chegar pela hora do almoço mas as coisas não ocorreram como planejadas. A praia de Santiago é linda, andamos na areia grossa e gelada, sentamos nas pedras, conversamos e partimos. Logo chegamos em Toque Toque Pequeno, uma cidade muito agradável, tentamos nadar na praia que estava deserta, mas água estava muito gelada e apenas fiquei observando Pedro e Gabriel, conversamos e partimos para Calhetas, no alto da estrada avistamos uma ilha, só não imaginávamos que era Calhetas, ficamos um bom tempo imaginando como seria estar lá e fazia um lindo dia de sol, mesmo no inverno a temperatura estava suficientemente quente para deixar o rosto vermelho, continuamos e vimos que aquela era a praia de Calhetas, ela ficava em um condomínio e o acesso é permitido somente por pedestres, engraçado que ela fica no meio da estrada e apenas aventureiros como nós iriamos chegar a ela, escondemos nossas bicicletas e mochilas e fomos descendo já por um caminho maravilhoso, fechado e gelado pelas árvores e cachoeiras, mas podia acreditar que estava naquele paraíso, passamos por mansões e chegamos ao lugar mais lindo e inabitado que já fui.
Calhetas (Peço a Deus que quando eu morrer morra em um lugar assim e quando acordar esteja nele ainda)
Um pedaço do paraíso na Terra, a ilha tem a grama cortada na parte alta, onde um pequeno trecho de areia nos dá acesso, as ondas agora quebravam dos dois lados por esse caminho, queríamos subir direto ao topo e observar a paisagem, subimos por uma escada de terra logo estávamos ao topo, nenhuma cidade podia ser avistados, apenas pássaros, barcos ao fundo distante, serras e uma imensidão azul brilhante, desejei retornar a esse lugar mais que tudo, após um longo período de meditação descemos e aproveitamos para dar um mergulho no mar, nosso primeiro mergulho da viagem, logo tiramos as roupas fiquei apenas seminu, mas quando a água chegou a minha cintura retornei pois estava muito gelada, aproveitei meu tempo no sol que me aquecia, enquanto Pedro e Gabriel estavam se divertindo na água, tirei diversas fotos deles brincando. Na praia havia muitos filhotes de caranguejos que camuflados corriam enquanto nós andávamos, eram da cor da areia e lindos (adoro caranguejos). E o que tenho de falar do lugar que não é bom? Nada.
Só fiquei pensativo que talvez se mais pessoas fossem lá a praia não estaria tão perfeita, porém infelizmente muitos não têm consciência de preserva-las, durante todo o percurso não jogamos um único papel ao chão.
Poema do mar
De tanta falta que sinto,
Faço um coração,
Na areia branca,
Da praia mais linda,
Assim como você.
De tanto amor que sinto,
Faço ele grande,
Na areia branca,
Da praia mais linda,
Assim como meu amor
De tanta vontade que sinto,
Faço duas iniciais,
No coração mais lindo,
Na areia branca, da praia mais linda
Assim sendo o R.
Sei que ele irá se desfazer,
Assim que a maré encher
Mas a maré cheia
Logo irá espalhar o meu amor
E todos os oceanos
Irá conhecer do nosso amor
Agora meu amor
Está espalhado pelo oceano
Só queria que você estivesse
Aqui na praia junto comigo
Para sentir ele.
Continuamos o nosso caminho e passou um jipe ouvindo The Beatles bem alto com a música Oblah di Oblah da, como eu gosto do Beatles e de ouvi-los bem alto, lembro quando fazia isso com os vinis que eu e Pedro comprávamos em uma rua perto da galeria do rock e a casa até tremia após isso.
Continuamos a nossa pedalada, as vezes na subida, outras na descida, ou retas, passamos por Toque Toque Grande, sem parar pois estávamos atrasados para chegar a casa da tia de Gabriel em São Sebastião, estávamos com medo de ter de pedalar a noite, passamos pela praia Brava, Guaecá, Barequeçaba, Pitangueiras, Praia Grande, Praia Preta, apenas parando para descansar e beber água em poucos momentos. Nas serras na parte de descida eu ia na frente com uma velocidade incrível, não sei ao certo em qual praia mas tinha uma descida e uma reta após que foi melhor do que uma montanha russa de um parque de diversões, chegamos já escurecendo na casa dos parente de Gabriel e com muita fome, com os músculos doendo, a cidade a primeira vista parecia ser feia, apenas uma cidade grande, mas ainda iria descobri-la.
Casa simples, gente humilde, um casal de idosos com problemas de saúde gerados pela idade já avançada os dois com mais de setenta anos de idade, fomos maravilhosamente bem recebidos, um almoço nos aguardava, salada, arroz, feijão, ovos, farinha, batata frita, refrigerantes e laranja. Ouvi diversas histórias de seu Marinho tio do Gabriel, enquanto aguardava minha vez de tomar um banho quente e rejuvenescedor tanto esperado, logo após ele eu entrei e como precisava de um banho, foi quase um orgasmo sentir a água quente batendo em meu corpo e me curar de todas as dores, na rua fazia frio mas a casa era quente e confortável, tomei um banho não muito longo, mas o bastante para me lavar decentemente, como é bom tomar banho e lavar os cabelos. Coloquei uma roupa limpinha, esperei Pedro e fizemos uma ótima refeição, a comida veio com um sono forte, saímos após para comprar algumas coisas e tomei um maravilhoso leite com chocolate do qual precisava muito, estava com sono e falei um monte de besteiras, retornamos a casa e tive uma bela noite de sono, acordamos ainda cansados demoramos para sair ao nosso próximo destino dessa vez caminhando, Ilha Bela.
Dia 30 de junho de 2011
Após um belo desjejum partimos, Gabriel estava um pouco irritado, cansado, andamos até a balsa e o tempo não estava a nosso favor, a cidade que era feia foi mostrando sua beleza quanto mais nos aproximávamos do centro histórico, era uma regressão no tempo a cidade foi colonizada no século XVI e grande parte de sua construção estava intacta. Entramos em uma igreja toda feita de madeira, cal e pedra, pintada de amarelo e branco, da qual havia missa todos os dias e desde o começo da viagem estava procurando assistir um, logo encontramos a balsa o cenário era lindo o porto ao fundo, canhões antigos pela orla, subimos na balsa e chegamos a Ilha Bela, uma ilha de 40km, onde se tem as mais diversas atividades, como o tempo estava nublado andamos apenas alguns quilômetros até um ponto de mergulho, sentamos e admiramos a paisagem, conversamos e decidimos voltar, descansar e a andar a Ilha inteira, torcendo por um dia de sol seguinte, compramos diversas frutas muito baratas em um supermercado, retornamos a casa almoçamos, após fui assistir a missa, coisa do qual Gabriel e Pedro não quiseram , foi uma bela missa curta, com um padre carismático, igreja quase vazia, refleti muito nela e conclui novamente pensamentos já concluídos, após encontrei com eles, caminhamos pela orla, admiramos a paisagem, demos muitas risadas a toa.
Voltamos ao nosso conforto, nesse dia a noite não estava tão frio e o dia seguinte prometia calor 27 graus, estou sentado agora a mesa escrevendo minhas ultimas linhas esperando a Raquel me ligar, Pedro e Gabriel já estão dormindo. (Espero que ela me ligue logo pois não durmo bem quando não escuto o seu boa noite e o seu eu te amo, ainda amis longe e preocupado idiota que sou.)
Dia 01 julho de 2011
Acordamos dessa vez bem disposto e com poucas dores no corpo, logo de manhã o dia já era quente e se podia ver o sol a cada brecha da casa, tomamos nosso desjejum e partimos a Ilha Bela, atravessamos a balsa, toquei meu cabo de aço do freio que tinha estourado e começamos uma longa discussão para onde iriamos, o Gabriel não se decidia nunca e Pedro apenas dava risada de nossa discussão, depois de muita briga parti para o norte estava cansado de Pedro que era movido a cigarro e parava a casa minuto para fumar, estava cansado de Gabriel e suas piadas chatas, saí em disparada, pois como minha bicicleta era mais rápida logo não conseguia avista-los, fui passando velozmente por diversas praias, rumo a praia de Jabaquara 22km de onde estava, passei pela praia do Perequê, Itaguaçu, Itaquanduba, Engenho d’agua, Ponta do Pequéa, Saco da Capela, Santa Tereza, Barreiros, Viana, Siriúba, chegando a praia do (Sino) Garapocaia, já estava com fome era por volta do meio-dia e sendo considerada a quinta praia mais bonita da ilha, fiquei por lá, era uma praia sem ondas com grandes pedras em volta, uma água azul e limpa, onde se poderia nadar com os peixes, logo tirei a camiseta e fui correndo para o mar fiquei mais de uma hora ali, voltei comi umas bolachas e avistei Pedro e Gabriel, li sobre a lenda da praia que consiste em, um dia nem amanhecia e navios piratas iam invadir a cidade, ancoraram os barcos e começaram a descer, a cidade ainda adormecida, mas quando eles atravessam uma pedra ela fez barulho de sino, assim toda a cidade acordou e se preparou para a batalha, surgiu então um guerreiro em um cavalo chamado São Sebastião e expulsou os inimigos.
Os dois estavam com fome e fomos sentar nas pedras e comer pães e azeitonas, liguei para Raquel e a mesma estava chata e grossa, fiquei um pouco chateado e em silêncio durante um tempo, logo nadei por aquelas pedras e partimos passando pela Ponta Azeda, praia do Pinto Armação, Praia da Canas, Pacuíba, como Pacuíba é uma praia bem isolada e uma antes de Jabaquara, fomos um pouco lá já sabendo que iriamos ter de pedalar a noite, partimos logo para Jabaquara o caminho foi cansativo mas quando avistei a praia vi que tinha valido todo o esforço, ela era linda cercada pela Mata Atlântica, deserta e sobre ela voavam gaviões, descemos correndo, comemos algumas frutas e observei sem pressa a paisagem, logo partimos fui na frente, pois queria chegar a uma iluminada logo, mas dei a sorte grande, um grupo de trabalhadores de construção estavam subindo em um caminhão velho e azul, logo perguntei se cabia mais um, eles disseram claro. A primeira carona da vida não se esquece como disse Pedro, atravessei todas aquelas praias rapidamente em cima do caminhão enquanto fumava um cigarro e me abaixava para galhos não baterem no meu rosto, dei muita risada com os trabalhadores, que apesar de estarem aqui há anos ainda tem um sotaque forte do Ceará, atravessei todo aquele caminho de um dia em no máximo meia hora, agradeci muito a eles e estava com muita fome, fui direto ao mercado comprar uma cerveja bem gelada e uma barra de chocolate deliciei os dois sem pressa, uma hora e meia depois Pedro e Gabriel chegaram.
Logo fomos tomar banho, contei e ri muito da carona, jantamos, adormecemos e quando amanheceu sabe Deus lá porque resolvi voltar, faltando apenas um dia para chegar em Paraty, mas em viagens como essas é assim mesmo, cada um tem seu momento de partir e isso tem que ser respeitado. Não me arrependi de ter voltado, mesmo tudo dando tão errado aqui, pois tentei.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Olhos
Olhos
Sinto-me com olhos,
Olhos escassos e exagerados
Olhos que condenam e retraem
Olhos que mentem, que sentem,
Olhos que choram e clamam
Olhos que se calam, que consente
Olhos que destroem, olhos que não olham
Olhos que vivem.
16/08/2011
Não me entendo, como posso entender minha poesia?
Sinto-me com olhos,
Olhos escassos e exagerados
Olhos que condenam e retraem
Olhos que mentem, que sentem,
Olhos que choram e clamam
Olhos que se calam, que consente
Olhos que destroem, olhos que não olham
Olhos que vivem.
16/08/2011
Não me entendo, como posso entender minha poesia?
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Rascunho dia 08/06/11
Rascunho dia 08/06/11
Eu perdi o meu amor
Tudo bem foi por amor
Eu doei meu coração
Tudo bem, foi por coração
Eu desaprendi a viver
Infelizmente esse outro não aprendeu a conviver
Mas vou me encontrar novamente
Mais forte com outro alguém
Quando a hora chegar
Porque agora, tenho que dar tempo ao tempo
Quero fazer minha vida música
E da minha dança festa
Enxergar novamente o inconsciente, imperceptível,
Do não tátil, tornar consciente, por tato
Perdido em outro lugar
Com um amor antigo
Só no passado
E um novo, forte
No coração
Eu perdi o meu amor
Tudo bem foi por amor
Eu doei meu coração
Tudo bem, foi por coração
Eu desaprendi a viver
Infelizmente esse outro não aprendeu a conviver
Mas vou me encontrar novamente
Mais forte com outro alguém
Quando a hora chegar
Porque agora, tenho que dar tempo ao tempo
Quero fazer minha vida música
E da minha dança festa
Enxergar novamente o inconsciente, imperceptível,
Do não tátil, tornar consciente, por tato
Perdido em outro lugar
Com um amor antigo
Só no passado
E um novo, forte
No coração
quinta-feira, 14 de julho de 2011
?
?
As vezes eu penso que sou muito doido
E que a realidade não existe
É apenas mera coincidência
De um universo
Solitário
E paralelo
Em busca da felicidade
Em busca de algo
Em busca de alguém
Do qual nunca vai ser encontrado!
?
A melhor atitude é a Zen, não ligue!
As vezes eu penso que sou muito doido
E que a realidade não existe
É apenas mera coincidência
De um universo
Solitário
E paralelo
Em busca da felicidade
Em busca de algo
Em busca de alguém
Do qual nunca vai ser encontrado!
?
A melhor atitude é a Zen, não ligue!
domingo, 12 de junho de 2011
Olhos(?)
Olhos
Existe uma coisa que não faz sentido
Ela é a vida
Você espera e não tem
Você corre e não chega
As pessoas são diferentes
E vivem batalhas diariamente
Enfrentam o cotidiano
Lutam contra as suas próprias vontades
Sonham, desejam, criam expectativas
E acabam se frustrando
Viver em sociedade é difícil
Mas viver sozinho é impossível
Antinaturais, narcisistas
Psicopatas, assassinos
Esquizofrenia
E paulada na cabeça
Somos tristes, mas a tristeza é bela
O difícil é o vazio
Aquilo que se resume
Em ter frio na barriga e não ter nada para vomitar
Em procurar e não achar
As vezes esquecemos de nossa própria força
Pois se formos depender de alguém
Raramente teremos algo
Mas é difícil, como é difícil
Ter olhos.
Acho que no ano de 2010, mas não consegui terminar ainda tenho muito o que pensar.
Rafael Churai Feijes
Existe uma coisa que não faz sentido
Ela é a vida
Você espera e não tem
Você corre e não chega
As pessoas são diferentes
E vivem batalhas diariamente
Enfrentam o cotidiano
Lutam contra as suas próprias vontades
Sonham, desejam, criam expectativas
E acabam se frustrando
Viver em sociedade é difícil
Mas viver sozinho é impossível
Antinaturais, narcisistas
Psicopatas, assassinos
Esquizofrenia
E paulada na cabeça
Somos tristes, mas a tristeza é bela
O difícil é o vazio
Aquilo que se resume
Em ter frio na barriga e não ter nada para vomitar
Em procurar e não achar
As vezes esquecemos de nossa própria força
Pois se formos depender de alguém
Raramente teremos algo
Mas é difícil, como é difícil
Ter olhos.
Acho que no ano de 2010, mas não consegui terminar ainda tenho muito o que pensar.
Rafael Churai Feijes
Eu te amo
Eu te amo
Fazemos uma dança única
Em pensamentos,
Mesmo longe.
O espaço na cama me sobra
E penso e penso,
Mas quando te vejo
A boca se cala.
Calada pelo desejo,
Do seu beijo.
Da saudade que dói no leito
Comprime-se e fica tudo mais simples
Quando você está aqui.
Faremos uma orquestra
Com a mais perfeita harmonia
Que toca as músicas
Ao quais muitos invejam
Uma música jovem,
Um amor renovado,
Mas com um toque,
Do mesmo antigo de sempre.
Uma música louca,
Da quais poucos conseguem entender
Mas existem coisas que não precisam ser entendidas mesmo
Eu te amo e isso eu entendo.
Rafael Churai Feijes algum rascunho do final de 2010 que estou arrumando
Fazemos uma dança única
Em pensamentos,
Mesmo longe.
O espaço na cama me sobra
E penso e penso,
Mas quando te vejo
A boca se cala.
Calada pelo desejo,
Do seu beijo.
Da saudade que dói no leito
Comprime-se e fica tudo mais simples
Quando você está aqui.
Faremos uma orquestra
Com a mais perfeita harmonia
Que toca as músicas
Ao quais muitos invejam
Uma música jovem,
Um amor renovado,
Mas com um toque,
Do mesmo antigo de sempre.
Uma música louca,
Da quais poucos conseguem entender
Mas existem coisas que não precisam ser entendidas mesmo
Eu te amo e isso eu entendo.
Rafael Churai Feijes algum rascunho do final de 2010 que estou arrumando
Dias, meses, anos e quase um século
Meu sol da manhã,
Que me acorda e desperta.
Com sede, vontade de viver
E de te ver raiar.
Minha noite estrelada,
De lua cheia,
Completa, linda, limpa
Iluminando meus pensamentos.
Minha flor da primavera
Que desabrocha,
Me trazendo novos ares
Cores e coisas novas.
Minha tarde de verão
Que quando chove,
Vem me fazer companhia
E me cala num momento inesperado.
Meu outono
Que em tarde escuras,
Me traz a paz
E a calma que só com você tenho.
Meu inverno,
Que na noite mais gelada
Aquece meu corpo
Perante ao seu
Minha companhia,
Minha companheira,
Meu ar, meu som, meu toque,
Meu cheiro, meu gosto
Que tudo misturado
Se junta
Tornando algo,
Chamado amor.
Rafael Churai Feijes 16/10/2010
Meu sol da manhã,
Que me acorda e desperta.
Com sede, vontade de viver
E de te ver raiar.
Minha noite estrelada,
De lua cheia,
Completa, linda, limpa
Iluminando meus pensamentos.
Minha flor da primavera
Que desabrocha,
Me trazendo novos ares
Cores e coisas novas.
Minha tarde de verão
Que quando chove,
Vem me fazer companhia
E me cala num momento inesperado.
Meu outono
Que em tarde escuras,
Me traz a paz
E a calma que só com você tenho.
Meu inverno,
Que na noite mais gelada
Aquece meu corpo
Perante ao seu
Minha companhia,
Minha companheira,
Meu ar, meu som, meu toque,
Meu cheiro, meu gosto
Que tudo misturado
Se junta
Tornando algo,
Chamado amor.
Rafael Churai Feijes 16/10/2010
Capítulo C+L-C-L+I
Capítulo C+L-C-L+I
Movimento
...
Antes mesmo de você proferir qualquer palavra, já tinha tirado minhas próprias conclusões, mas suas palavras foram necessárias, para confirmar tal movimento.
As andorinhas vinham agora em sentido contrário, ou não seriam as mesmas. Nós é que somos os mesmos, ali ficamos somados as nossas ilusões, os nossos temores, começando já a somar as nossas saudades. Saudade que não vai ser saudade, apenas um breve momento distante por entre as questões do dia a dia até se concretizarem e dar espaço para o novo, o sonho alcançado.
E eu recomeçaria tudo novamente, eternamente apaixonado, com os mesmo acertos,aliás com mais acertos, mas não com os mesmos erros, pois já teria aprendido, mas erros que agora podem ser remediados, pensados antecipadamente para não cometê-los novamente ou novos, pois não quero perder meu anjo, meu eterno anjo da guarda.
...
Movimento
...
Antes mesmo de você proferir qualquer palavra, já tinha tirado minhas próprias conclusões, mas suas palavras foram necessárias, para confirmar tal movimento.
As andorinhas vinham agora em sentido contrário, ou não seriam as mesmas. Nós é que somos os mesmos, ali ficamos somados as nossas ilusões, os nossos temores, começando já a somar as nossas saudades. Saudade que não vai ser saudade, apenas um breve momento distante por entre as questões do dia a dia até se concretizarem e dar espaço para o novo, o sonho alcançado.
E eu recomeçaria tudo novamente, eternamente apaixonado, com os mesmo acertos,aliás com mais acertos, mas não com os mesmos erros, pois já teria aprendido, mas erros que agora podem ser remediados, pensados antecipadamente para não cometê-los novamente ou novos, pois não quero perder meu anjo, meu eterno anjo da guarda.
...
Cidade das sombras
A cidade das sombras/Persona
Ninguém aqui enxerga, ninguém vê
Cidades das sombras
Iluminar-te poderia ser o fim;
Retrátil, encolhido
Obscuro, escondido
Por trás de suas mesas
Persona
Liberdade escurecida
Lembrada mas esquecida
Atormentada
Pois é preciso viver
O seu eu está morto
Morto, para a vida
Não vida.
Acendendo as luzes
Tenho certeza, você morreria.
Rafael Churai Feijes 09/06/11
Ninguém aqui enxerga, ninguém vê
Cidades das sombras
Iluminar-te poderia ser o fim;
Retrátil, encolhido
Obscuro, escondido
Por trás de suas mesas
Persona
Liberdade escurecida
Lembrada mas esquecida
Atormentada
Pois é preciso viver
O seu eu está morto
Morto, para a vida
Não vida.
Acendendo as luzes
Tenho certeza, você morreria.
Rafael Churai Feijes 09/06/11
Assinar:
Postagens (Atom)